Para quê a Tv???

Agosto colou-me à televisão. Vi mais televisão neste mês do que alguma vez vi ou julguei ser capaz de ver.
Talvez porque – num país que vive contemplando as próprias cinzas entre o atear e apagar de chamas – habito no meio de um núcleo de sociedade que transpira o desespero de ter que se reinventar quotidianamente para sobreviver na ilusão de ser aquilo que pensou ter sido ou esperou ser,num sonho em que só as ‘coisas’ são reais e atrás das quais se esconde, se disfarça, se junta em cerimónias fúnebres e assembleias onde procura as referências sociais, políticas e de condescendentemente perdidos valores que lhe alimentem um sentido de pertença.

Dizia um velho e querido Amigo para quem a Educação ocupava lugar cimeiro nas prioridades de qualquer povo, que a Televisão podia ser a grande oportunidade de educar as populações em áreas que poderiam ir da higiene à grande história das religiões e das culturas.
Perdera-se, dizia ele, essa grande oportunidade com o Cinema, que rapidamente se tinha transformado num negócioa e, como aliás tudo o que nos chegava maioritariamente através dos States, o cinema servira essencialmente para ensinar à Euopa o alucinante”american way of life” e com ele o modo politicamente correto de descodificar os conflitos numa perspectiva ‘ocidental’.Um cinema que não podia nem queria correr riscos, em que filmes como ‘As Vinhas da ira’ eram não-gratos, em que a grandiosidade das produções e o clima festivo dos ambientes repelia por sombrias as mais conscientes e humanas produções europeias até que a próprio idioma em que se contextualizavam parecesse estranho aos ouvidos dos cinéfilos.
Era o cinema/divertimento, onde mesmo as seríssima mensagens de Chaplin eram lidas à superfície de uma gargalhada, ou um spaço onírico onde se viviam e sofriam romances de amor e ódio protagonizados por gente bonita.
Os filmes histórics eram – e são… – raros,numa graundiosidade que desviava intencionalmente o público para espaços e tempos oferecidoos como convenientes referências.

O cinema alemão anterior à Segunda Guerra Mundial, e especialmente o anterior à previsão da derrota da Alemanha, tendia no sentido da divulgação das belezas e fenómenos da Natureza, em belíssimos filmes de inigualável qualidade, ou eram documentários sobre a educação de uma juventude saudável de corpo a que a insanidade de Hitler quis imprimir abomináveis tendências. Corpos lindos e mentes esclarecidas que se perderam no jogo infernal da uma alma insensível que almejava identificar-se com a alma do próprio país e invadir o mundo..
Emigrados para os States, os cineastas alemães – tal como os grandes cientistas e arquitetos que alicerçariam o poderio americano – tornaram-se motor de uma economia baseada no lucro desde a sua génese. E aí o Cinema perdeu-se como portador autónomo de cultura e transmissor civilizacional. Os pouco mais de dois séculos americanos cobriram, com tecnica e dinamismo, uma amágama de povos que se foi impondo, numa espécie de síntese cultural doméstica, à multimilenar cronologia do mundo.

A Televisão portuguesa, que nos seus programas experimentais começou projectando documantários sobre temas científicos ou paisagísticos, passou rápidamente ao campo comercial que, com o tempo, a conduziria ao nada que é hoje.
Cedo se estudaram os programas de maior audiovisibilidade e, ‘last but not the least’, o que convinha dar a quem e onde, até chegar a ser esta televisão vendida que se vende.
E contudo, num pais de fraquíssimos recursos, a televisão poderia ter tudo para ser um inestimável veiculo cultural. Porém, todas as poucas tentativas neste sentido morreram pelo caminho do êxito.
Lembramos os belíssimos programas educativos para a Infância da Disney, os programas de Carl Sagan, belíssimos documentários históricos que complementariam com interesse e diálogoo qualquer aula de Históra.
Por questões que terão tido mais que ver com aspetos políticos e sindicais do que com as vantagens ou desvantagens do meio, a própria ‘TV Escola’ morreu cedo e maltratada por desinteressantes e mal concebidas aulas, num ensino que estava longe de, como seria de esperar, fomentar a aprendizagem e em que os métodos de avaliação nunca foram concebidos de modo a serem minimamente levados a sério..
Talvez por castigo de o ter conduzido à morte, também a televisão tal como o cinema se perdeu naquilo que de melhor poderia oferecer ao mundo, se tratado como veículo comunicacional culturalmente independente. ( o mesmo se está a passar agora com informática, nas suas imparáveis versões, caminhando no entanto para um pico de perigosdade que quer o Cineme quer a Televisão jamais tiveram…).

Raramente via televisão, aparte alguns canais noticiosos e um ou outro programa que sabia ser do meu agrado. Este Agosto fui um telespectador desorganizado. Tudo vi, comentei, barafustei, discuti como se houvesse interacção entre mim e o ecrã. E concluí que nada nos obriga a enfrentar a realidade que subjaz o mundo como a televisão!
Os países, tal como as pessoas, vivem – ou suportam viver…- em confronto com outros países e pessoas.Baralha-se-nos a cabeça entre os ‘nossos’ fogos nas aldeias ou ilhas e os grandes fogos na California que nos soldarizam pela inoperância que, aparentemente, nos iguala. Confundem-nos os crimees domésticos à mistura com os grandes crimes das grandes cidades, dos sofisticados crimes da Fox, de um crime horrível que aconteceu nos confins da China em que foram mortas duas pessoas..
O mundo aparece-nos no seu pior,sem medidas, intercalado com alienantes actividades desportivas – também elas nem sempre pacíficas…- e, raramente, com um ou outro apontamento sobre o nascimento de um kuala ou o amanhecer de uma montanha.

Entretanto morre-se como antes de haver qualquer tecnologia!

Novos e velhos vão escapando à existência levando como última imagem do mundo que abandonam algo que, por mais que abrilhantassem o quotadiano,cobria de névoa o mundo que conheceram e se foi esvaindo nestas novas formas de ‘conhecer’.
Decerto terão levado saudades da Vida e de tudo o que ela proporciona à Existência. Dificilmente terão levado saudades do mundo em que foram forçados a viver!

Já ninguém, a sós consigo, se interroga sobre a Essência da Vida!
Seria uma ‘aberração’ quando há tanto que fazer e tanta pressa em adquirir a fortuna e o poder que cá deixamos ao desbarato.
Vale a pena falar, fazer-se ouvir – em várias línguas porque a nossa vive a incerteza da reciclagem, o francês deixou há muito de ser a língua da cultura, , o inglês perdendo o seu lugar de língua de poderes vários, o alemão essencial na comunicação com o Leste, o chinês avançando sobre os carris gastos do mercantilismo ocidental – prometer, iludir, mexer sempre a pedra no sentido que se crê ser certo e com que se acaba perdendo.

É isto o saber que a vida serve!

A curious concept of Democracy

No need to say that during the last decades the world has looked to the United States of America as the great defender of Democracy, a political idea that seems to occupy a main place in their planns to a better world. Defending the democratic ideal our friends spent and go on spending a lot in propaganda to explain its benefits as well as expending lots of dollars and lives of american soldiers to avoid any atempt against democracy wherever it happens.

Now, following the electoral process wich is going on at home we cannot help feeling a little surprised by the way a previous choice is in its way to be imposed to the americam people.

The game is not between republicans and democrats, as expected, and it can hardly be seen as an opportunity shared by people of both parties to choose freely their candidates. It seems Hillary is the only admissible choice not to be the best in whatsoever political aspect but because a certain America believes a Clinton is needed in the White House so that nothing changes in the image the States have projected to the world during the last century. A image that, like any other, can be seen from differentt prismas but whose importance all over the world cannot be denied.

What was wrong with Sanders that made his party to led him to give up for Hillary? Difficult, almost impossible, to understand by those who do not know the meanders of American politics and the interests that grew up along with the strong position the States occupy in the world, linked to economic choices that it seems to be almost impossible to stop or even to change.

Trump, the pragmatic and outspoken business man that decided to turn the page from an interventive America to an America focused in different economic solutions, seems to have forgoten the economic role the arms industry represents not only as investment but also and perhaps mainly as people employer.
Peace is a luxury that countries like Russia and the US cannot put up with!
Even more than the genuine patriotic proud american people feel for their role in international politics there is the unstoppable machine politicians and powerful institutions have built along decades to mantain it.
Trump can hardly think to become head of the Government even being, as he is, a very rich man having all the power money can give.

All this is easily understandable. More difficult is to understand WHY Hillary must be the one and only!
Seen from the outside we almost have pitty on her!. She is having all the support any candidate would like to have. Because she is a Clinton, because she is a women, because she made many friends in the right side of american politics, because she seems to have decided to be a stuburn candidate to whatever it is, and because she succeed in making Sanders to give up and to support her.
Everithing is prepared to make her the ‘ideal candidate’!
However it is clear that she does not feel at ease, that she is ‘gauche’ in that role, and it is difficult to know whether she is being used or she is being praised.

COMO PROSTITUIR UMA VIDA

Primeiro entram-nos pelos olhos e descobrem os nossos gostos e sentimentos mais sagrados numa benevolente intimidade intelectual. Depois apossam-se de tudo o que é nosso: os lugares em que escrevemos, o que escrevemos, apossam-se do nosso livro preferido e prostituem-no pelas bancas e livrarias, editado como pasquim por editoras sem outro critério que não seja o lucro, depois apossam-se do tom pouco comum da tinta que escolhemos para escrever aos amigos e tornam-no uma tinta qualquer dispoinível em qualquer supermercado, depois vêm morar para o mais próximo de nós que conseguem e invadem-nos computadores e telemóveis e filtram-nos as passwords, depois conseguem através de um miserável poder dos cobardes invadir as nossas vidas pelos mais diversos e inesperados meios tecnológicos até se poderem gabar de que “sabem mais da nossa vida do que nós própios”, depois enxovalham-nos a vida com o ter que ouvir e suportar as práticas mais ordinárias com que abrilhantam os seus luxuriantes quotidianos, depois promovem um cerco a tudo o que tem que ver connosco sejam bens ou família, depois bloqueiam-nos a comunicação e fazem tudo o que a doentia imaginação lhes dita para nos ‘fazer rabiar’ ou assustar, depois descobrem para onde vamos e arranjam sempre – de entre a enorme teia de ‘amigos’ ou degraçados prontos a venderem-se – quem se disponha ou se venda para nos incomodar, depois sair à rua torna-se um cansaço porque ignoramos até que ponto a nossa intimidade, os nossos sentimentos, verdadeiros ou falsos, andam pela boca do mundo e porque os próprios taxis que utilizamos fazem parte de centrais geridas por eles e sabem sempre para onde vamos e, quando calha, gabam-se disso, deposite quando nos fartamos e resolvemos queixar-nos às entidades existentes para o efeito descobrimos que eles também estão lá e que se insistirmos obterão o epílogo desejado que é considerar que temos a mania da perseguição ou somos loucos.

Roubam-nos a vida!

A vida social e afectiva.Porque os nossos filhos e amigos ou têm negócios com eles ou têm medo e evitam entrar neste festival de maldade.

Não nos roubam a nossa vida, ainda que nos matem, porque a NOSSA vida é, apesar de tudo, muito mais do que isso e o medo não mora em nós.

E nada podemos contra eles embora conheçamos o autor e a rede que o mantem na sombra onde esconde a cobardia.

Podemos desejar cristãmente desejar perdoar, podemoster pena. Mas o desprezo, que já substituiu há muito a raiva impede-nos. E pomo-nos a pensar porque razão se quando alguém pratica o Bem desejamos premiê-lo, porque razão nos pede Jesus que perdoemos aos que praticam incessantemente o mal? Porque não desejar-lhes também prémio combatível com a dimensão do mal que causaram e causam?

Geralmente esta gente é bem sucedida. Vive para isso! E aqui entra o exemplo de Job, a quem o Diabo concedeu tudo para por Deus à prova tirando-lhe gradualmente tudo o que lhe dera e desafiando Deus a que o impedisse. Mas Deus não impediu! Deixou tirar tudo menos a FIDELIDADE do seu servo que apoiado nela retomaria a sua vida. E o Diabo desinteressou-se. Já tinha feito o seu trabalho, jogado o seu jogo, queria lá saber do pobre Job!

Poderão conseguir prostituir uma mulher mas conseguem pelo menos prostituir-lhe a vida!

AMANPOR – CNN talking machine

What happened to Amanpoor to stay so quiet as she has been those last days?

The fact is that with or without her CNN has made and is making more for TRUMP election that all Republican Party!

All those smiling women, mocking on Donald Trump will have a lot to do with Hillary Clinton!

Meanwhile, being Republican or Democrat every body is becoming fed up of their poor comments about something that has the smalliest importance to american politics as the unfortunate speech of Mrs. Trump who will not, for sure, have any rule or influence in Trump’s political events.

Bye. Bye CNN!

 

“De la musique avant toute chose!”

A Música, descoberta como a linguagem mais imediata entre os homens e a transcendência  sagrada do Silêncio, e que terá começado tímida e docemente na flauta dos pastores, foi poesia, expressão de costumes e alegrias rurais, composição nascida de requintadas solidões, interpretação melódica, regalo para o ouvido atento que ao escutá-la esquece tudo o resto. Foi também, é certo, marcha de guerra, estridente impulso a trágicos desfechos.

As gerações mais novas, embriagadas pela estridência dos metais e por toda a estética gestual que acompanha a celebração do momento, desconhecem o prazer da música limpa, da ‘grande música’ que fez a delícia das épocas de requintados vagares.

Em Portugal a Cultura – se tal tem ido para além das ‘mostras’ e das celebrações pontuais – não tem manifestado o mais ténue interesse pela cultura musical. Não somos um povo musical! Daí que todas as iniciativas levadas a cabo no sentido de incentivar esse prazer surjam como algo secundário, um prazer de elites que não temos e cuja hipotética emergência é renegada como algo anti democrático.

E, contudo, tivemos excelentes programas televisivos de educação musical que parecem jazer esquecidos nos tais arquivos da TV pública que J.Isidro e outros vão desbravando, umas vezes com critérios ‘popularuchos’, apelando às audiências através dos mais velhos, outras, afortunadamente, recordando-nos quem já fomos.

No que à Música se refere são inesquecíveis a maravilhosa série de programas que ANTÓNIO VICTORINO DE ALMEIDA gravou em Viena e a TV apresentou em Portugal. Assistir a esses programas foi um privilégio.

Victorino de Almeida, à época um charmoso jovem no ambiente da romântica e civilizadíssima capital austríaca, trazia até nós, com insuperável humor e sabedoria a mais apelativa visão dos grandes compositores germânicos. Um mundo de cultura e requinte que faria bem a todos nós revistar. Não porque seja aquela a única música, ou aqueles os únicos músicos merecedores de referência, mas porque através deles nos incutia o gosto pela música de um modo leve, sem nada de fastidioso.

O Maestro Victorino de Almeida, compositor, interprete, ótimo comunicador é decerto a maior e mais injustamente esquecida ou deliberadamente ignorada personalidade do nosso panorama musical. Tal como acontece com grandes interpretes como interpretes mundialmente reconhecidos como Maria João Pires e Sequeira Costa. Temos horror ao talento e glorificamos histerismo colectivos e manifestações grosseiras com fundo dito musical. É isso que dá lucro e, acima de tudo, cria multidões de jovens alienados por factores vários que os impedem de pensar e lhes roubam o prazer do apreço sereno que  música requer.

Também na Rádio têm  surgido programas que merecem, caso a Cultura se interessasse por isso, serem adaptados à TV. Lembro, como exemplos, as “Questões de Moral” de Joel Santos e o ótimo programa de António Cartaxo – “Em Sintonia”. Parece um tremendo desperdício não aproveitar o gosto pela musica e o poder de comunicação destes homens para proporcionar às novas gerações um pouco mais do que aqueles excitantes vídeos em que a música aparece mais como pretexto do que como motivo.Mais que não seja para lembrar que a Música tem uma história feita de muitas histórias e que talvez seja altura de fazer regressar o sentido auditivo ao rumor de brisa que era o da primitiva flauta.

Porque, como dizia António Cartaxo no final de cada um dos seus programas:

“A Música é um romance sem fim!”

O SILÊNCIO QUARESMAL

Seguimos, nós os cristãos, com a intensidade que o vendaval humano que se gera à nossa volta nos permite, os rituais próprios da época Quaresmal. Prescindimos de alguns prazeres, aproveitamos algumas oportunidades para praticar a caridade, oramos em tempos determinados como os que dedicamos a outras tarefas mas apelando a que o Espírito Santo nos guie nos caminho da Verdade que aprofunda o que do Ser temos em nós, e de que as vicissitudes da existência nos distanciam durante a maior parte dos nossos dias.

As orações, monótonas e repetitivas, que cansariam os ouvidos de qualquer mortal, são o modo que aprendemos de que o nosso desejo de que sejam perdoadas todas as faltas que cometemos e de que, quando sinceras, d’Ele recebamos a força que nos conduza à coerência entre o Mal que repudiamos e o clima de Bem a que aspiramos. Mesmo sabendo que no dia seguinte, apesar das horas de prece, voltaremos a ser iguais a nós mesmos ou, quando muito, engendraremos modo de protelar certos procedimentos para depois da Páscoa. Temos dificuldade em perceber como acontecem por vezes coisas tão horríveis a pessoas que tanto rezam. Os desígnios de Deus são insondáveis e é frequente ouvir que as provações tornam as pessoas mais santas.Talvez.

A purificação quaresmal esgota-se frequentemente nos rituais quaresmais, nos testemunhos públicos da nossa Fé, em tempos de oração mais frequentes ou prolongados. As repetitivas ladainhas e rosários, criadas para serem memorizadas pelos fiéis na sua simplicidade, têm indubitavelmente a virtude de nos afastar de pensamentos outros que não o anseio de comunicar com a Eternidade que nos espera e onde tudo o que é pessoal se dilui em favor da História, desde os tijolos que empilhámos aos grandiosos feitos napoleónicos. Creio que todos nós temos consciência disso por mais relevante que consideremos o nosso papel evangelizador ou o nosso reconhecimento social.O bem e o mal por cá ficam. Na pior das hipóteses levamos conosco os propósitos que nos nortearam.

Aprendi com alguém que acompanhou a minha vida espiritual durante várias décadas e cuja presença ainda me acompanha, que Deus reside no Silêncio, no aprofundamento de um silêncio interior onde a alma repousa purificada de todo e qualquer pensamento. Nem sempre se consegue ir tão fundo no atingir do Absoluto. Há fases sem Deus, em que tudo, dentro e fora de nós, é ruído e as orações se alheiam de nós em monótonas lengalengas. regressar ao nosso ser profundo exige um enorme esforço de concentração. Mas nada vale tanto a pena!

Nem sempre é fácil encontrar o ambiente que propícia esses refrescantes momentos em que o mar de Deus nos inunda e lava e nos oferece uma inigualável sensação de serenidade. Não dizemos nada mas Deus abarca tudo o que nos vai na alma.

Não quer isto dizer que os rituais sejam despiciendos. Nunca o são! Todo o ritual contribui no sentido de um determinado clima espiritual que se prolonga. Sentimos isso mal entramos num santuário, como acontece quando entramos no imenso espaço de um santuário num momento em nada lá se passa e nenhuma gente lá se encontra. O ‘espírito do lugar’, banalizado e com um sentido fatal pelas chamadas ciências sociais, não é pertença do lugar mas do que de mais puro ou verdadeiro os homens ali deixaram.

É nesse silêncio quer perduram gerações de crentes, de santos e pecadores que ali nos acolhem ou se redimem encaminhando-nos no sentido de não repetirmos os mesmos erros.

O Prisioneiro

Vem isto a propósito dos vários Julien Assanje deste mundo que, por decisão própria ou decisão alheia se vêm privados de liberdade.

Lembro-me de um filme que vi há já tantos anos que nem sei dizer quantos que me impressionou especialmente pela mensagem que fazia passar de como é possível a um grupo ou a uma instituição manter um homem encerrado na mais severa e humilhante das prisões, obrigando-o a desempenhar os papéis que a sociedade de onde por punição o tinham retirado, e onde era muito apreciado pelos seus dotes de inteligência e comunicabilidade, se habituara a esperar dele, usando os seus dotes para as mais vis formas de mercantilismos.

No dito filme, creio que protagonizado por Gregory Peck, o homem era entregue aos cuidados de uma mulher que a instituição lhe colocara no caminho para ser sua guardian e, para que tudo decorresse com normalidade, o servisse em todas as suas necessidades e conseguisse meios de o fidelizar na relação.

Num apartamento em New York, objecto de infindáveis obras no intuito de o manterem sempre num estatuto provisório, vigiado por todos os meios de vigilância disponíveis e conduzido em belíssimas limousines de e para lugares onde o esperava sempre apertada vigilância, o homem era forçado a mostrar-se feliz, elogiar os inimigos, afastar-se dos amigos – dando-lhe a entender serem os amigos que se afastavam dele -, aceitar-se como autor de textos que nunca escrevera, um mundo cerrado e escuro onde não entrava uma réstea de liberdade. No meio de tudo isto ele era visto como um déspota rico e feliz mas isento de caracter e integridade. Era o exemplo útil e requerido que se esgotaria no cansaço até desaparecer de vez.

Todo o filme se passava num ambiente cinzento, condicionado até mesmo em momentos festivos a que aquela realidade construida obrigava.Mas o mais interessante era ver como ele, auxiliado por alguém que muito o amara, conseguiu desmascarar afoita e serenamente, com tempo e paciência, toda aquela matilha que o envolvia e romper a rede que, imitando poder, o aprisionava. O filme passava-se em duas grandes cidades: NY onde ele vivia o seu fadário e a Holanda onde se acumulava o espólio que haveria de o libertar.

Espero que Julien consiga, também ele, regressar à vida…

A SHOW OF LIES

Nothing in American elections seems real! Both candidates seem to be each day more distant from the common people they hope to vote for them.

Hillary started to appear, as always, as someone ill loved that looks for compensation in power  and seems to be a stuborn looser. But soon her despair and all the strong power she allowed to use her as the face of the american women, Obama cares and whatever they think to be a considerable number of potential votes to support the weapons industry and defy a terrifying “cold war”, turned her into a kind of an unfortunate protagonist of a reality show. She inspires pitty with all those strange gestures and smiles and that way of her to try to win not because she is the better but because she shows, or so she tries, that Trump is an awful person. And much more than that: she has all the press with her! soeone must be paying for it…

No one can deny that Trump is too sincere for a polititian and that his language is that of one that got used to say whatever comes to his head. He often  seems too disagreeable, though we know that he is one that gives job all over the world to all those groups that he ill treats in his speeches.

To say that he has no political and military experience, though might being true,  can only be a joke : WHAT POLITICAL AND MILITARY EXPERIENCE HAD RONALD REAGEN, an ex-actor and a great president?

And what about Sanders that was undecoursely put away to give place to Hillary and has now been called to help her?

Is it possible that both the Americans and the world don’t see how stupid all that is?

Joe Sea Open life project

A friend of mine who long ago had met a man with such a curious name send me before her death a kind of ‘abstract’ of his life. I thought it curious enough to deserve some good witer to write a romance over it.

J.S.O. had worked more than half his life – even according today life expectations –  to a great international firm with its headquarters in Europe. He made himself famous for all his deeds and the smart way he organized his social life. He was friendly and to all his many  and somehow already important or important to be friends he was someone they deeply trust.

He was married and his marriage also brought him prestige, the reason why he never even tried to divorce, as well as he tried to mantain his job in the firm though, even performing his role as well as he can,  he hated the  job.

A ‘small’ scandal – the wife discovered he had some children out of mariage – was seen as not being good to the firm’s prestige when one of the children was accused of a blood crime internationally publicized, though the name of the father was fiercely protected and never mentioned it was the end of it. The mother-s boy went abroad to the city where the boy was to be judged and to where JSO start sending not only money to defend the boy but also some lawyers of his confidence to keep things controlled. Silence fall over the subject!

Anyway, his wife  divorced him and the firm tried, and succeeded, to find him a job where all his gifts might be used. And this was the right decision because it also gave him the opportunity of making a life project of his own: to accept a well remunerated job in which not only his gifts but also the opportunity to make use of his innumerable acquaintances; to ‘start-up’ a new family life; to enrich enough to live the rest of his life – was it short or long – from revenues.

He was notoriously succeeded in his new job! No one could do more, not even the Devol itself, than what he did!

As to what to create  a familly life was concerned- all his children had been brought up by their mothers – it was a bit complicated and time consuming. But, once more, his strong will solve the problem: he generously promised the daughter of his mother’s maid to pay her the university if she accepted to be the mother of a lot of children he wanted to put in the world to be as happy as he was. A kind of ‘rented, or bought, bump’ offering her and the familly a luxury house at an european capital. The woman, obviously, said YES!. To those who questioned the choidce he used to say that the only important thing to his children’s mother is to be healthy and obbey him as humbly as possible. Important was the choice of their Godmothers and fathers. They should be rich, have no heirs and give them the possibility to acced to good society, And so it went. The woman studied a lot, worked a lot, and had a lot of children.

After that he was already in a confortable enough situation to live from revenues.

This is what we can call a well succeed man wherever he lived since it is far from us! But who knows_ We don-t even know if he had really existed_ or was just one of this phantasies life sometimes puts in this monotunous world!  Only one thing, so my friend wrote, it didn-t achieve. But it might be, I think, a very difficult thing!

Pitty he is already dead!

 

THE STAGE OF THE WORLD

 Just imagine a person who was taught from the begining of his life to perform a role that had nothing to do with his personality  and went on giving up to put questions he knew will sadden those he loved. He accepted all he was taufght as unquestionable truths, as most of us do as part of community lives. 

And imagine that that person happens to be an extraordinary intelligent and gifted person forced to accept without reflection the job of spreading those teachings around to multitudes  easily captivated  by his extraordinary beautiful and cultivated speech.

And imagine that one day that person came to the conclusion he was performing one of the multiple roles that stood waiting inside him instead of living a true life, and, even more: he felt that somehow he had exhausted the role he had beeen playing for so long with great success.

And imagine that after having discovered the multiplicity of characters that lived inside him he decidedto perform each and all of them at a time: the role of an actor, the role of a pastor, the role of the lawyer he had studied to be, the role of the politician that had always been alive inside him, the role of the well succeded entrepreneur he had helped many of his friends to be, to play the role of the father he had always wanted to be, to be a publicist and a writer, to be the ‘man of the world’ he was born to be, to play the role of a  loving man, in short, to play all the roles life allow him to try.

There could not be a more interesting living nor a more interesting person!

The only problem is that such a man would never really live a life of his own. He seemed condemned to stay for ever in the stage of the world ,though he might not be a bit interested in the applauses of the different publics, accepting and performing the roles that for so long have waited silently in the corner of his mind.

This man, if existing, might well leave Existence without having lived the life he was, without experienced the happiness of a peaceful soul straight as a tree.

His espiritual contribution may well remain in history – history has the gift of forgotten as well as the gift of remember – but his soul may well live life without having other mission than maintaining him alive.

Aristotles attributed a soul to every living being without exception. In fact there is no reason why not to believe animals have a soul and with it they gain the earth.

A man that gives up his soul to be everything and try every possibility may well gain the world but certainly lost the earth. And, after all, paradise is supposed to be on earth, as well as the possibility of hell might be in this world of ours and not in an eternal life.

 

OCULTOS E PROTEGIDOS

Os cobardes têm sido a classe mais injustiça e negligenciada do mundo! E, contudo, eles constituem nas sociedades atuais, onde tudo propicia o secretismo das intenções e das estratégias para as concretizar, o motor dos acontecimentos e a génese das mais selectivas escolhas na colocação dos actores sócio/políticos certos para protagonizarem os fins que têm em mente.

Organismos humanos diferenciados, tudo neles trabalha para o alimento de um cérebro devotado a engendrar defesas para agressões que eles próprios inventam.

Um cobarde é um indivíduo – não uma pessoa! – com medo, o que o torna simultaneamente a mais perigosa e a mais cativante e subtil das individualidades, já que é da permanente consciência do que arrisca que resultam procedimentos e interacções sociais de cariz social suficientemente generoso e aparentemente heróico que impedem o aflorar das mais perversas e egocentristas intenções que escondem..

Nunca como hoje os meios foram tão favoráveis ao desenvolvimento desta espécie! As tecnologias disponíveis, para além de lhes propiciarem uma sub-reptícia existência e o mais conveniente anonimato, permitem-lhes dominar o tempo e o espaço, fazendo alastrar como uma nódoa de óleo as consequências das suas estratégias tanto no campo do bem como no do mal que as alimenta e lhes dá a desejável e aceitável forma para que se consolidem socialmente como acções geniais em benefício da mais incauta sociedade que, dispondo embora dos mesmos meios tecnológicos, se instala confiante e deslumbrada do lado do receptor e se congrega em movimentos de apoio à realidade que lhes é servida, seja por oportunismo, seja por ignorância.

Personalidades perversas, geralmente indolentes na execução – que remetem para os apoios que cuidadosa e incansavelmente amealham e amassam como muralhas  à sua volta – os cobardes têm desde muito cedo, genética ou culturalmente adquirida, vocação para não só cativarem e se fazerem insinuar a qualquer ser humano que com eles se cruze nos caminhos da vida como também para os registarem no campo de qualquer eventual utilidade. Só depois, com tempo, prudência e reunidos elementos suplementares, procedem à indispensável triagem.                                                                                                             Este cerrado investimento – nunca despiciendo e sempre apreciado por uma “entourage” deslumbrada ou pasmada que o adora ou detesta mas que jamais o tem como indiferente – apenas dá frutos, comestíveis ou venenosos, quando sobre a vida tão cuidadosamente controlada do cobarde desaba inesperado desaire que faça aflorar à tona de uma sociedade surpresa factos que, considerando-se imune, não estava preparada para neles acreditar e perante os quais, pelo seu sempre incondicional e cego apoio e envolvimento, se vê como potencial desmascarado cúmplice.                                                                                                                                 Os fulcros das diligências do cobarde – sempre muito sofridas e aflitivas porque nelas não pode caber a hipótese do insucesso – são em simultâneo os topos sociais que ajudaram a criar para serem vistos como elites, e as bases sôfregas e indefesas da sociedade, que constituem o terreno onde cultiva miraculosos actos de generosidade que transformam em motivo de grata admiração tudo o que de diabólico se esconde por detrás.

Numa época em que os meios de acesso e manejamento da informação constituem o maior dos poderes não há como fugir ou punir o uso deste ‘know how’ persistentemente aglomerado em que uma repulsiva massa servil se empenha em não deixar abrir brechas.      Em qualquer país dos ditos ‘civilizados’ – aqueles em que o progresso tecnológico ultrapassa o científico (evidente no caso da medicina ) e o desenvolvimento é apenas um conceito consignado convenientemente nas generosas promessas às sociedades contidas tão permanentemente quanto possível nas ‘vias do desenvolvimento – a ambição maior de um genial cobarde é ter acesso ao mais poderoso satélite capaz de comandar e condicionar a informação contida nas mensagens que os comuns mortais trocam entre si. Para ele nada é despiciendo!                                                                                                                                                    Isso o torna mais poderoso do que qualquer serviço secreto institucionalizado (de que também se serve…) devido a uma subtileza suportada pela ignorância que deseja socialmente generalizada, e do recurso a técnicas do foro psicológico que mascaram de ‘festa’, ‘alegria’, ‘felicidade virtual’ ou simples resignação o que, se não convenientemente tratado, poderia parecer inaceitável.

Hoje, em qualquer país, a infiltração na maior empresa de telecomunicações – como seria, se fosse o caso, a Portugal Telecom – vulgo PT – permite o controlo sub-reptício mais absoluto de qualquer vida por mais insignificante que seja o seu desempenho social. Qualquer psicopata vítima de uma qualquer obsessão  que alimente como tal, posta de parte a hipótese de se desfazer dela e, ‘pour cause’, conservando-a como alimento de alternados sentimentos de amor ou ódio, pode instalar-se na vida de qualquer um, bastando a proximidade geográfica para entrar no mais profundo da nossa intimidade, sem que o vejamos ou oiçamos, usando interpostos actores , sejam eles humanos ou canídeos,que suscitem o medo, a inquietação, o desassossego, tudo com vista à derrota final do visado… ainda que dessa derrota não resulte mais do que a satisfação da maldade que o corrói e que mitiga com orações , silícios, ‘boas obras’, e afadigados desempenhos sexuais.

Assim, mesmo ausente de um apartamento dito ‘desocupado’, só habitado às ocultas mas onde se desnrolam inconfessáveis perversões, é-lhe possível ‘habitá-lo’ de sons através das gravações de toques de chamada de telemóveis deixados por lá – sons de gaivotas, miar de gatos, gemidos de mulheres, sons de prazer ou de simulada aflição, arfar de alguém que faz sexo penosamente, puxar de autoclismos, o que for que alimente a ideia de que o apartamento por todos considerado vazio ou inabitável devido a obras está, para o visionário vizinho, ocupado. Para isso basta, seja de Ranholas ou de Pequin, fazer uma chamada para qualquer desses telemóveis . O toque de chamada durará o tempo estipulado e far-se-á ouvir sem que, obviamente, seja atendido.                                                                                                                                    Neste divertido jogo em que se envolvem sempre alguns comparsas de creditada confiança, o que pode fazer o vizinho/vitíma em quem, dadas as inimagináveis circunstãncias, ninguém acreditaria? Chamar a polícia  alegando ouvir barulhos vindos de um apartamento que os agentes constatariam estar vazio ou até inabitável, apenas levando à desejada conclusão de que o vizinho  estaria “tótó”  e deveria ser tratado? Queixar-se a amigos, familiares ou conhecidos, sendo tal inutil por carência de provas?                                A solução é apenas uma: ignorar os sons, habituar-se a acordar várias vezes durante a noite como quem tem uma criança ou um doente (é o caso…) para cuidar, e retomar o abençoado sono de quem nada tem a pesar-lhe na consciência.                                                     E esperar que Deus que, apesar do que o cobarde encantado sempre pensa, está acima e está atento, ponha um fim a isso.                                                                                                                                                               Pode bem ser que nem pó fique quer dos trabalhos de secretária, quer dos trabalhos de cama.